Áreas de Risco
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Há muitos fatores atuantes na formação e evolução das cidades. Afinal, são organismos vivos, em constante transformação, agregando inúmeros cenários onde interagem comunidades e atividades diversas. Integrá-los e tratá-los como um só espaço – o local onde vivemos – é o grande desafio do profissional que atua na área do urbanismo.
Nos últimos anos, a cidade de Salvador tem passado por mudanças expressivas, principalmente no aspecto urbano. Constitui-se na terceira metrópole do país, fortemente caracterizada pela incompatibilidade entre seus índices de crescimento populacional e distribuição de renda entre as camadas sociais, com reflexos visíveis na paisagem urbana, repleta de desigualdades territoriais.
O estatuto das cidades e o PDDU são instrumentos legais na implementação do desenvolvimento urbano e expansão das cidades, exercidos pelos gestores públicos e técnicos, na busca de melhores soluções, juntamente com a população. Esse complexo panorama exige a necessidade de mais investimentos para geração de recursos que proporcionem melhorias na qualidade de vida das cidades.
Nesse contexto, o aproveitamento do potencial turístico do local tem se mostrado uma solução eficiente em vários lugares no mundo. No caso de Salvador, um caminho natural que aponta para a preservação da nossa identidade e autonomia, baseada no início da ocupação colonizadora, com o reconhecimento e a valorização dos legados histórico, cultural e ambiental, construídos e arraigados durante esses quinhentos anos.
A Intervenção Urbanística catalisa o processo organizador na expansão da cidade. Para confirmar e potencializar o perfil turístico daqui, é preciso ampliar medidas públicas e privadas que promovam intervenções eficazes e permanentes, através da ocupação regular e racional do solo. Dentre as diversas demandas, posso citar: o tratamento paisagístico de toda a orla; saneamento e despoluição dos rios e praias; preservação e manutenção das áreas verdes; criação de mais corredores ambientais; recuperação de áreas urbanas degradadas (favelas e loteamentos irregulares); melhoria e ampliação da coleta de lixo e da iluminação; melhoria e ampliação racional da malha viária visando a mobilidade urbana; recuperação e ampliação dos espaços destinados aos pedestres (calçadas, passarelas, praças); implantação de mais ciclovias; reestruturação e resgate dos sítios históricos e monumentos urbanos; revitalização de bairros decadentes.
Essas ações promovem imediata valorização local, atraindo mais visitantes e fixando novos moradores, o que incrementa as atividades econômicas e gera benefícios em todos os âmbitos.
Uma das pretensões do urbanismo e da arquitetura é amparar as atividades humanas, viabilizando a meta de desenvolvimento e qualidade de vida pertinentes a todos cidadãos inseridos nos espaços urbanos.