Empresários pressionam prefeitura por ordenamento da avenida Tancredo Neves
maio 22, 2014Pressionada por empresários da Tancredo Neves, prefeitura deve retirar ambulante
maio 22, 2014Representantes da Associação Empresarial Tancredo Neves, empresários da região e a secretária Rosemma Maluf, da Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura Municipal de Salvador, reuniram-se nessa quarta-feira (21/5) para discutir sobre o projeto de requalificação e ordenação dos ambulantes da Avenida Tancredo Neves.
A via urbana que ganhou o status de principal centro empresarial da capital baiana – e até por alguns é chamada de Avenida Paulista de Salvador – contribui com cerca de R$ 20 milhões em IPTU anualmente, concentra importantes empreendimentos hoteleiros, restaurantes, condomínios residenciais e empresariais e shopping centers, sofre com problemas como desvalorização de imóveis, ocupações ilegais, perda de áreas públicas e degradação da infraestrutura pública.
“O ordenamento da região é o nosso principal problema. Limpeza, iluminação pública, excesso de camelôs, segurança, trânsito, são nossas principais preocupações. O empresário quer ver o valor pago no IPTU ser revertido em melhorias em sua área de trabalho”, relata Luiz Blanc, presidente da Associação Empresarial.
O grupo, que pretende realmente transformar a Tancredo Neves na nova Av. Paulista do País, trabalha em conjunto com a Secretaria de Ordem Pública e busca auxiliar as autoridades municipais a fiscalizar a manutenção da limpeza e a proteção das áreas verdes.
Segundo Carlos Fraga, diretor financeiro da associação, a Associação recém-criada defende também questões de saúde pública. “As áreas verdes que deveriam estar satisfazendo o público estão sendo usadas por carros que abrem porta-malas e vendem alimentos. Isso tem que ser ordenado pela prefeitura, e estamos cobrando. Queremos um ambiente mais satisfatório de conviver.”
A realocação dos ambulantes, de obrigação da Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura Municipal de Salvador, é uma das providências mais importantes a serem tomadas e, de acordo com Rosemma Maluf, secretária municipal, já está acontecendo. “Ambulantes têm que ser licenciados.
Aqueles que vendem produtos pirateados ou alimentos que não podem ser comercializados, como quentinhas e lanches nos fundos dos carros, não vão ser licenciados. Não podemos compactuar com isso. Vão ser retirados de qualquer forma. Todos aqueles outros tipos de comércio, como carrinhos de cachorro-quente e baiana de acarajé, devem procurar a Semop para regularizar a sua situação.”
A retirada dos vendedores não inclui um plano reserva de ocupação para aqueles que não vão poder continuar na área. Segundo Flavia Leal, ambulante da Avenida Tancredo Neves, a ideia de deixar o local desagradou grande parte dos comerciantes. “A prefeitura está se precipitando. Aqui tem muito pai de família que precisa estar aqui. Em vez de investirem em educação, saúde e capacitação para os trabalhadores, a prefeitura tem como objetivo prejudicar o povo. Estamos só trabalhando”.
A Semop, por sua vez, ainda não tem uma previsão de quando as demandas da Associação Empresarial Tancredo Neves serão atendidas e postas em prática.
Fonte: Brasil24livre